=(^.^)= H a n d Y =(^.^)=

terça-feira, julho 31, 2007

..:: MaGnóLiA 3 ::..

Trecho do livro descrevendo uma Chuva no Deserto...

"...a chuva é tanta que bastaria para crermos que a redenção chegou. Logo tudo passa. Não temos recipientes para armazenar a água, e a água não aceita que não haja leito, não suporta a ausência de chão, ela não se dá sem ter onde se deitar, sem face ou copo que a recolha, sem raiz que a sugue ou folha que nela se banhe; a chuva é votiva, lágrima sem sal para a benevolência da natureza, leito de rio sem pedra para a passagem das embarcações..."

segunda-feira, julho 30, 2007

..:: MaGnóLiA 2 ::..

"...Nem ver o cinza abstraindo o dia..."

"...Tudo se esvai na amarela correnteza do tempo..."

"...As nuvens revoltam-se de um céu tão azul como fundo..."

Essa maneira figurada me fascina, pura linguagem visual, neste livro cheio de detalhismo e confrontos, algumas frases e trechos se destacam.

O cinza da noite que vem chegando com o pôr-do-sol que com o passar dos dias, continua seu processo na amarela correnteza do tempo, das folhas, dos papéis e fotos das nossas lembranças palpáveis e visíveis, coisas materiais, até o branco dos nossos olhos se tornam amarelos com o tempo.
Nem as nuvens com todas as suas esculturas dinâmicas moldadas pelos ventos, conseguem roubar a imensidão do céu azul profundo.

Reflexões sobre Magnólia